quinta-feira, 19 de abril de 2012

Exposição traz ícones históricos de Iguatu - de Gardevânia Farias, fotógrafa e historiadora.


Moradores desta cidade e visitantes podem conferir até o mês de junho, no Salão de Artes Visuais do Serviço Social do Comércio (Sesc), a exposição fotográfica "A Praça e a Matriz", da pesquisadora em história e fotógrafa, Gardevânia Farias. A mostra reúne 22 fotos antigas e atuais de dois importantes ícones da história e da cultura desta cidade, localizada na região Centro-Sul.

Há quase dez anos, Gardevânia Farias inovou com a exposição "Iguatu, ontem e hoje", que reuniu dezenas de fotos desta cidade. Mais uma vez, a fotógrafa surpreendeu a todos com a atual mostra que estabelece um elo entre o passado e o presente de um dos espaços mais importantes deste núcleo urbano, que até meados do século passado era conhecido como o "Grande Quadro".

"A praça é o nosso coração e a Igreja Matriz, a nossa alma", afirma Gardevânia Farias. "Naquele espaço ocorrem, ao longo dos anos, os principais acontecimentos políticos, religiosos, sociais e culturais de nossa cidade". É verdade.

As festas religiosas, procissões, shows, encontros de jovens nos fins de semana, comícios, passeatas ainda são mantidos no entorno do primeiro templo católico da antiga Vila da Telha. No largo houve também tragédias e conflitos entre facções políticas no século XIX.

Realidade
As fotos revelam uma triste realidade: a cidade de Iguatu não soube preservar seu patrimônio arquitetônico. De dezenas de casas, apenas duas mantêm características originais. O antigo palacete do intendente coronel Cícero Alexandrino e a casa do empresário Sabino Antunes. O restante foi demolido, surgiram lojas, escritórios e consultórios.

A coordenadora de Cultura do Sesc, Patrícia Vênus, observa que "a exposição estabelece um elo necessário e pertinente do passado e do futuro de dois grandes ícones da nossa história". O memorialista Wilson Lima Verde lembra que o esforço e o olhar crítico da fotógrafa Gardevânia Farias resgatam aspectos da arquitetura antiga de Iguatu. "É um esforço em defesa do nosso patrimônio", disse ele. "Revela que houve muitas modificações".

O objetivo da fotógrafa é de educação patrimonial, de resgate de aspectos da história e de uma fonte de pesquisa para os jovens. A exposição é aberta ao público que pode ter visita orientada em horários agendados. "Quero resgatar o passado e compartilhar o conhecimento com o público", observou Gardevânia Farias.

A Igreja Matriz começou com simples capela de taipa, erguida por volta de 1746, pelos índios Quixelôs catequizados pelo padre Matos Serra e sob a vigilância do tenente Gregório Martins Chaves. Em 1853, após elevação à Vila da Telha começou a construção do templo de alvenaria, inaugurado em 1886, que sofreu modificações em seu interior. Aspectos dessa história podem ser conferidos na exposição "A Praça e a Matriz".

Fonte: DN

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